Após o diagnóstico de câncer em animais de estimação, muitos tutores ficam perplexos ao ouvirem sobre os cuidados paliativos. Embora vitais para aprimorar a qualidade de vida dos pets durante o tratamento de doenças crônicas. O conceito de cuidados paliativos ainda é mal compreendido e suscita incertezas entre os responsáveis pelos animais. É importante ressaltar que essa abordagem visa melhorar a qualidade de vida e não significa que a morte seja iminente.
O conceito, também chamado de paliativismo, consiste em uma série de estratégias para amenizar os sintomas e melhorar o bem-estar, tanto em animais quanto em humanos. A proposta é oferecer dignidade ao paciente acometido com câncer e doenças crônicas, evitando dores ou desconfortos.
Em alguns casos, os cuidados paliativos também contribuem para retardar a progressão da doença, fazendo com que a expectativa de vida do animal aumente. O veterinário oncologista paliativista Taiã Santos explica foco deste método está em cuidar dos sintomas.
— Os cuidados paliativos são uma abordagem integrativa que visa melhorar a qualidade de vida do animal de estimação ao enfrentar o câncer, independentemente da viabilidade do tratamento curativo. Eles se concentram em aliviar a dor, controlar sintomas e oferecer suporte emocional tanto para o animal quanto para seus tutores — orienta o profissional.
Desta forma, os cuidados paliativos levam em conta não apenas os aspectos físicos, como a dor, mas também os emocionais, como o estresse, a solidão, a angústia e outros sintomas que podem surgir com a doença. O pet e sua família passam ser assistido em todos os sentidos, trazendo a família para decisões o que desejam a partir de cada momento e estágio da doença.
Cuidados em todos os aspectos
Segundo Taiã, ao contrário do que muitos tutores acreditam, os cuidados paliativos não são benéficos apenas para os pacientes terminais. O uso dessas técnicas pode contribuir para melhorar a qualidade de vida em qualquer estágio da doença.
— Qualquer animal com câncer pode se beneficiar com os cuidados paliativos. Essas medidas vão contribuir com a saúde do animal desde o momento do diagnóstico até o final da vida, ajudando a maximizar o conforto e o bem-estar em todas as fases da doença — orienta Taiã.
O controle da dor é um aspecto fundamental dos cuidados paliativos, e pode envolver uma série de tratamentos, sejam medicamentosos ou alternativos, a exemplo da acupuntura e fisioterapia. Essas intervenções ajudam a aliviar a dor e a melhorar a mobilidade do animal.
Outros fatores importantes são a nutrição e a hidratação adequadas, já que oferecer alimentos de alta qualidade e fácil ingestão é importante para garantir a força dos pets. Nestes casos, o veterinário poderá indicar mudanças na rotina alimentar dependendo das necessidades de cada animal.
— Os cuidados paliativos podem melhorar significativamente a qualidade de vida do animal, proporcionando alívio da dor, controle de sintomas como náuseas e falta de apetite, e oferecendo suporte emocional aos tutores, ajudando-os a lidar com o impacto emocional da doença — explica o veterinário.
Segundo Taiã, em alguns casos, os cuidados paliativos fazem mais do que melhorar a qualidade de vida dos animais. Eles também contribuem para que os pets possam estender o tempo de vida com qualidade, permitindo que ele mantenha a sua rotina junto à família normalmente mesmo quando o tratamento curativo não é mais uma opção.
— A abordagem holística dos cuidados paliativos não apenas alivia o sofrimento físico do animal, mas também promove um ambiente de cuidado e compaixão, garantindo que cada momento seja vivido com dignidade e conforto para o animal e seus tutores — afirma o especialista.
Os cuidados paliativos também envolvem apoiar os tutores, fornecendo informações claras e honestas sobre o estado do pet e as opções de cuidado disponíveis. Por isso, segundo Taiã Santos, a troca de informações entre veterinários e familiares em todas as etapas do tratamento é fundamental.
De acordo com ele, durante todo o tratamento, os proprietários dos animais são encorajados a participar ativamente do cuidado do animal. Isso significa que é necessário manter uma troca constante e aberta com a equipe veterinária, para que o pet consiga ter acesso a amor e suporte emocional em todos os períodos da doença.
Acesse as redes sociais do oncologista veterinário Taiã Santos para saber mais sobre o assunto.
Matéria – Estúdio NSC
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