A preocupação com a proteção de cães e gatos contra parasitas, como pulgas, carrapatos e vermes, tem levado clínicas veterinárias a adotarem novas estratégias de comunicação com os tutores. Inspiradas no conceito de marketing conhecido como “Regra dos 7”, que afirma que uma mensagem precisa ser repetida várias vezes até ser assimilada, essas clínicas estão estabelecendo até sete pontos de contato ao longo da jornada do tutor, desde o agendamento da consulta até o acompanhamento pós-atendimento.
Segundo um inquérito realizado com mil tutores, 40% não acreditam que seus animais estejam em risco de contrair dirofilariose canina, e quase 30% afirmaram que não seguem nenhum regime preventivo. “Utilizar termos como ‘necessita’ em vez de ‘recomendamos’ durante a conversa clínica é essencial para transmitir a seriedade da prevenção”, explica um dos especialistas envolvidos na iniciativa. As conversas agora ocorrem preferencialmente dentro da sala de exame, onde o foco e a atenção são maiores.
As clínicas estão incorporando novas tecnologias para tornar o processo mais eficiente e eficaz. Formulários digitais com perguntas específicas, sugestões automáticas de produtos via farmácias online e exposições de materiais educativos dentro da sala de consulta são algumas das ações implementadas. A formação contínua de recepcionistas e técnicos também tem sido priorizada, garantindo uniformidade na mensagem preventiva transmitida em cada etapa do atendimento.
Além de proteger os animais de estimação, os especialistas lembram que muitas doenças parasitárias são zoonóticas — ou seja, podem ser transmitidas aos humanos. Assim, a prevenção em pets não só contribui para o bem-estar individual, mas também para a saúde pública. A expectativa é que esse modelo comunicativo mais assertivo e recorrente aumente significativamente a adesão dos tutores às práticas preventivas.
Fonte: Veterinaria Atual, adaptado pela equipe Cães e Gatos.